“O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz. Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso”. Isaías 9:2,6,7
Introdução:
Mais ou menos 700 anos antes de Jesus nascer, o profeta Isaias já tinha profetizado a respeito deste grande e memorável acontecimento. E tal fato aconteceu, pois JESUS CRISTO, o filho do Deus vivo veio a este mundo de forma sobrenatural. Deus encarnado, nasceu por meio de uma virgem chamada Maria. Ele veio para uma missão bem definida, ou seja, salvar cada ser humano de seus pecados, e de regatá-los das trevas para a sua maravilhosa luz. Recebeu a autoridade do Pai para implantar o Reino de Deus na terra com passaporte para a Eternidade. Nasceu, se tornou homem, viveu nesta terra por 33 anos. Foi martirizado, morto numa cruz, porém ressuscitou ao terceiro dia trazendo esperança de vida eterna a todo aquele que nele crer.
Através dos anos o nascimento de Jesus é celebrado, é comemorado como Natal e isto através de festas, músicas, famílias reunidas, comida, bebida, troca de presentes, etc. No período de Natal, aparentemente as pessoas são mais solidárias, amáveis, sociáveis e se interagem de forma mais participativas, do que nos outros dias do ano. Viver o espírito natalino é bom, é saudável, faz bem para alma, porém eu quero chamar-lhe atenção nesta oportunidade para o verdadeiro sentido do Natal.
O profeta Isaias não menciona no texto que lemos, sobre festas, comidas, bebidas, presentes e outras coisas mais que observamos no período natalino. Pelo contrário ele diz que a humanidade caminharia em trevas e andaria pelo vale da sombra da morte, porém uma grande luz se acenderia em forma de esperança. E isto aconteceu, porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E em seguida se expressou esplendidamente quando mencionou quatro importantes particularidades que estariam impregnadas no caráter de Jesus.
1.Maravilhoso Conselheiro – O termo hebraico aplicado por Isaías e traduzido como “Maravilhoso” transmite o significado de “extraordinário”, “singular” e “incompreensível”. Já a palavra hebraica traduzida como “Conselheiro” no contexto de Isaías 9:6 indica “aquele que determina”, “que planeja”, e “que executa um propósito”.
Em outra ocasião o profeta também diz: Repousará sobre ele (Jesus) o Espírito do Senhor; o Espírito de sabedoria e de entendimento; o Espírito de conselho e de fortaleza; o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Isaías 11:2).
O Maravilhoso Conselheiro tem em si toda a sabedoria indispensável para a salvação do Seu povo e para exercer o seu ofício real com absoluta justiça. Jesus é a manifestação plena e final da sabedoria divina.
Aplicação: Jesus é o meu e o seu conselheiro, aquele que quer planejar e executar um grande propósito em nossas vidas. Ele quer nos ajudar a obtermos uma vida autêntica neste mundo. Um agir irrepreensível diante dele e dos homens.
2.Deus Poderoso – Quando dizemos que Deus é Poderoso queremos dizer que Ele mesmo se revelou como forte. Deus tudo pode. Ele manifesta seu poder de forma universal e em todo mundo de forma misteriosa e sobrenatural. Isaias 14:27 disse sobre Deus o seguinte: Pois esse é o propósito do Senhor dos Exércitos; quem pode impedi-lo? Sua mão está estendida; quem pode fazê-la recuar?
O texto base que lemos em Isaias nos diz entre outras coisas importantes que Ele (se referindo a Jesus) estenderia o seu domínio, e disse: um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. ou seja, JESUS, em seu tempo na terra quanto a sua natureza seria 100% homem e 100% Deus. O próprio Jesus disse certa ocasião: “Eu e o Pai somos um”. Jesus também, como um Deus Poderoso fez a seguinte declaração: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada”. João 14:23
Aplicação: Deus todo poderoso veio através da pessoa do Senhor Jesus Cristo governar as nossas vidas. Ele é o Rei, e o seu reino é eterno. Temos o Espírito Santo que nos ajuda em nossa comunhão com o Pai.
3.Pai Eterno – A expressão “Aba, Pai” foi utilizada por Jesus Cristo no momento de sua morte quando suplicava a Deus, chamando-o de Pai, conforme descreve o Evangelho de Marcos, 14:36: “Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis, afasta de mim este cálice, não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres”.
Aplicação: Isto significa que quando estivermos passando por lutas, por dificuldades aparentemente difíceis de compreender ou mesmo de aceitar, podemos de igual forma dizer Aba Pai, Paizinho. Todas as coisas te possíveis, porém quero que a tua vontade se manifeste ao meu respeito.
4.Príncipe da Paz – A palavra hebraica para “paz”, shalom, é muitas vezes usada em referência a uma aparência de calma e tranquilidade de indivíduos, grupos e nações. O significado mais profundo e fundamental da paz é, no entanto, “a harmonia espiritual causada pela restauração de um indivíduo com Deus.”
Isaias em nosso texto base afirmou: “…haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso”.
Aplicação: Jesus disse: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo”. João 14:27 O apostolo Paulo em sua carta em Efésios disse: “Ele veio e anunciou paz a vocês que estavam longe e paz aos que estavam perto”. Efésios 2:17
O principie da paz tem prometido estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos.
Conclusão: O menino Jesus que nasceu numa manjedoura se tornou um homem, viveu, morreu e ressuscitou. Que neste Natal possamos reconhecê-lo como o nosso MARAVILHOSO CONSELHEIRO, DEUS PODEROSO, PAI ETERNO e PRÍNCIPE DA PAZ.
Deus nos abençoe,
Pr. Nélson Gouvêa